













Esporte
Esporte na TV
Por: Douglas Monteiro
Entrevista com Stephanie Alves
Começou sua carreira na Rede Globo como estagiária, fez rádio, produção e hoje se dedica à cobertura esportiva. Mas sem nunca esquecer que seu foco é a informação, não o entretenimento
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Como é fazer a cobertura do Esporte aqui no Distrito Federal?
É desafiador, mas ao mesmo tempo recompensador. Cobrindo o esporte aqui, percebemos de uma torcida muito plural, quando o assunto é futebol. Por isso, a missão é árdua para tentar atender a tantas e tão variadas demandas. Mas a gente vê que não é só futebol. Por não termos essa modalidade tão forte e tão tradicional aqui, como em outros estados, nossa atenção se volta para uma cobertura mais diversificada, e sempre nos deparamos com talentos em todos os cantos. São muitas as dificuldades, sim. Mas a superação sempre consegue ser maior.
Qual momento marcante que já passou na cobertura do esporte em geral?
Certamente foi a cobertura da Copa do mundo, em 2014. Um momento marcante para todo o país e especial para quem pode vivenciá-lo de dentro.
Você já cobriu a Copa do Mundo. Como foi essa experiência? Deu frio na barriga? E o que espera copa RUSSIA 2018 que ocorre este ano?
Foi uma emoção ímpar poder participar da cobertura da Copa do Mundo em nosso país. A energia daquele momento estava espalhada por todos os cantos, não só nos estádios. A cada entrada ao vivo, a cada reportagem, a missão era tentar mostrar pelo menos um pouco disso. Infelizmente, para a nossa seleção o desfecho não foi o esperado. Mas agora, quatro anos depois, vivemos um novo ciclo. Espero que na Rússia, o povo brasileiro volte a se encantar com o futebol da Seleção. Se não vier o título, que não nos falte orgulho. E também torcemos para que a festa seja tão bonita quanto a que fizemos por aqui, apesar do momento político sensível.
Então, Stephanie Alves você pratica algum esporte?
Desde muito pequena tenho uma rotina muito ativa. Já passei por diversas modalidades: torneios escolares com o vôlei, o futebol me rendeu uma fratura exposta no joelho, com o pilates foram mais de 5 anos, um curso de kitesurf no Ceará... Atualmente tenho me dedicado à corrida de rua. Estou me preparando para concluir minha primeira meia-maratona, em agosto, no Rio.
Se tivesse uma frase de inspiração para quem esta iniciando no Jornalismo qual seria?
Gosto muito de uma frase que é atribuída ao pensador Confúcio: escolha um trabalho que você ama e não terá que trabalhar nem um dia da sua vida. Acredito que as gerações mais jovens estão cada vez mais preocupadas com a realização profissional atrelada à realização pessoal que ela deve proporcionar. E também acredito que tudo que fazemos com amor traz resultados melhores para nós e para o mundo.
Tem algum atleta favorito ?
São tantas histórias inspiradoras que acho injusto citar um nome. De alguma maneira, penso que qualquer um que consiga sobreviver do esporte já é digno de admiração.
Como é fazer o “GE na Rede” como aquela alegria, sem tirar o ponto da informação e do jornalismo?
O “GE na rede” nasceu quase de uma necessidade. O mundo das redes sociais é muito dinâmico, atraente e ajuda a contar as histórias de um jeito diferente. E nós aqui da equipe do Globo Esporte-DF sentíamos falta disso. E a ideia foi muito bem aceita tanto pela chefia, quanto pelo público. Confesso que é um universo que curto muito, já acompanhava por puro interesse pessoal. O trabalho é apenas selecionar o material que tem potencial e encaixá-lo no roteiro do jornal do dia.
No jornalismo, sê espelha em alguém?
Gosto do estilo de vários colegas. Sempre admirei muito a desenvoltura da Glória Maria, que nem é da equipe do esporte. Acho deliciosos os textos de Tino Marcos, que não é apresentador, mas um repórter esportivo fantástico. Sou fã da história riquíssima do Pedro Bial. Da nova geração, não há como não citar o dinamismo da Fernanda Gentil. Enfim, cada um tem um estilo. Apesar de curtir o trabalho de muitos deles, procuro desenvolver o meu próprio.
No Futebol do DF o que falta para melhorar? Pois tem vários talentos que são destaque na região. Será que investimento ? Apoio do governo?
Sobre o futebol do DF, ao mesmo tempo que acho que falta tanto, às vezes tenho a impressão que a solução é muito mais simples do que se pensa. Tudo poderia e deveria ser levado mais a sério. Isso passa pela profissionalização da gestão. De dirigentes, organizadores, e até mesmo dos atletas. Penso que a mudança deve ser feita de dentro para fora. Não adianta mais bater na tecla da “falta de apoio”. É preciso que as empresas se interessem em ver o seu nome atrelado a competições sérias e organizadas. E não apenas reclamar ao vento que o investimento não chega.
Se tivesse um pedido para 2018, qual seria ?
Que o ano termine melhor do que começou em todos os aspectos: político, econômico, esportivo... e que possamos começar 2019 ainda mais otimistas de que podemos mudar a nossa realidade.